Salas de aula, de professores, escritórios e todo qualquer outro ambiente que compõe a estrutura da escola precisam estar adaptados para a realidade
Muito tem se falado sobre distanciamento, uso de máscara e lavagem das mãos, elementos essenciais para evitar a disseminação da Covid-19. Contudo, para a volta às aulas com mais segurança é preciso estar atento a outros detalhes, como os espaços físicos da escola, que devem estar extremamente preparados para que sejam aliados contra a doença.
Todos os estados já reiniciaram suas atividades escolares, por isso é preciso ter preocupação com a saúde, como prioridade máxima nas escolas. tanto que alguns governos estaduais ofereceram suporte para as instituições de ensino.
O governo paulista, por exemplo, liberou de mais R$ 50 milhões para manutenção dos prédios escolares no estado, além da distribuição de 12 milhões de máscaras de tecido, 300 protetores faciais de acrílico, 10.168 termômetros a laser e 10 mil totens de álcool em gel para a rede estadual. E entre todos os recursos, as escolas particulares precisam seguir a mesma linha de pensamento, afinal, readaptar seus espaços físicos é de fundamental importância na luta contra a Covid-19.
Adaptação física
Danielle Andrada, diretora da Eduinfo, fabricante de tecnologia mobiliária para escolas, diz que além das recomendações básicas, a comunicação visual fará toda a diferença para que os ambientes sejam mais adequados.
“Para garantir a segurança na volta às aulas é preciso manter sempre o distanciamento de no mínimo 1,5m em todos os ambientes e o uso da máscara. Distanciar mesas e carteiras, alunos e professores, reduz a quantidade de pessoas em aula. Todas as salas precisam ter um ponto de higienização com álcool em gel por dispenser de parede, borrifador ou frascos. Retirar de todo o mobiliário inutilizado também é importante. Além disso, a comunicação visual com orientação por meio de cartazes, protocolos internos de procedimentos a serem adotados, a limpeza e ventilação dos espaços garantidas são grandes aliadas na prevenção”.
Conselhos para solucuionar os probelmas
Além disso, Danielle deu dicas de aprimoramento para que os ambientes fiquem bonitos e intuitivos. “Para que os espaços fiquem mais agradáveis, e esteticamente mais bonitos, as escolas podem apostar em projetos de pintura padronizada, adesivações de parede e de piso. Desta forma, terão ambientes mais lúdicos, agradáveis e, ainda assim, todo o mobiliário manterá a segurança necessária”, indica explicando como as instituições podem adotar estas ferramentas.
“A parte de adesivação de paredes pode conter imagens diferentes, frases motivacionais, valores da escola, entre outros, que será colocada em paredes mais visíveis dos ambientes. Já os adesivos de piso são uma forma mais lúdica e divertida que integra o distanciamento social, mantendo corredores e pátios mais harmônicos para os alunos. E o projeto de pintura envolve uma comunicação visual entre todos os espaços da escola com a padronização de cores, formas, desenhos e estilo dos ambientes. Com isso é possível ter um grande resultado de mudança, com baixo investimento e de forma muito mais rápida”, orienta.
Escola segura
Letícia Spina Tapia, coordenadora nacional do programa Escola Segura, que possui 27 etapas e 86 documentos que norteiam as ações de volta às aulas, corrobora com Danielle e ainda fala sobre outras recomendações para que os espaços nas escolas sejam mais seguros no retorno das aulas. “São necessárias ações como mais lavatórios e de álcool em gel, demarcação de locais onde ocorra a formação de filas, sinalizando 1,5m, adequação do espaço físico para proporcionar este distanciamento nas salas, com a medição e demarcação dos locais onde as carteiras devem ser posicionadas. É preciso buscar áreas mais arejados, como salas com janelas mais amplas. Além disso, as instituições precisam providenciar adequações na portaria, desativando catracas e adotando outra forma de controle de entrada e adaptação, como sinalização, escalonamento da entrada dos alunos e equipe, uso de aplicativo para organização de entrada e saída, afim de evitar aglomerações”, ressalta.
Comunicação e protocolos
Ela ainda reforça a ideia sobre a comunicação visual como agente auxiliar na redução da contaminação. “É fundamental a colocação de cartazes informativos e adesivos sobre higienização das mãos, etiqueta respiratória, sintomas da Covid-19, normas preventivas contra o coronavírus, distanciamento seguro, capacidade máxima de pessoas nos espaços e regras para uso dos elevadores. Também é preciso sinalizar os locais permitidos para refeição, guardar materiais que não possam ser facilmente higienizados e excedentes dispostos em salas e estações de trabalho, para facilitar a higienização dos espaços”, diz.
Além disso, Letícia apontou sobre como as escolas podem estabelecer protocolos atualizados para cada uma das práticas sanitárias. “Cuidados, como troca de fraldas, medicação, banho e alimentação; ingresso da equipe e alunos na escola; triagem na porta da escola; atendimento em caso suspeito; uso de máscaras e uso seguro dos espaços coletivos; limpeza da escola e orientações para o condutor de transporte escolar, devem constar nas recomendações das instituições. Também é preciso construir o manual do aluno e do colaborador, contendo todas as orientações sanitárias e comportamento preventivo, além das estratégias pedagógicas adotadas para prevenção de doenças. Ainda neste processo, como medida na prevenção de doenças, as escolas necessitam rastrear os grupos de risco, atualizar a caderneta de vacinação e a ficha de saúde, divulgar as campanhas de vacinação e incentivar a adesão e implementar a autodeclaração diária de sintomas, garantindo que equipe e alunos não compareçam à escola com sintomas gripais e característicos da Covid-19”, sugere.
Na outra ponta: as escolas
É bem certo que todas as medidas que puderem ser tomadas, serão utilizadas. Mas, este momento, é difícil para todos e muitas escolas perderam seus recursos para garantir 100% de cada uma das indicações citadas. Mas elas não medem esforços para garantir o mínimo de segurança, como é o caso da Maple Bear, unidade Curitiba.
Segundo o diretor administrativo financeiro da unidade, Norberto Lucieto, as mudanças estão sendo feitas para evitar a disseminação da Covid-19. “Retiramos bebedouros, instalamos pias para a lavagem das mãos e totens com álcool em gel. Também vamos utilizar tapetes sanitizantes em todos os locais de ingresso à escola, redistribuir móveis e construímos mais três salas de aulas para garantir o espaçamento mínimo de 1,5m entre as mesas, sinalizando e demarcando esse distanciamento. Na educação infantil, retiramos todos os brinquedos que, anteriormente, ficavam disponíveis para utilização pelas crianças”, conta.
Por fim, a escola também se prepara com materiais informativos e educativos. “Vamos oferecer treinamento para toda a equipe sobre os protocolos a serem observados, e para a equipe de limpeza na desinfecção dos ambientes após cada utilização com aulas ou atividades. E também elaboramos um manual de procedimentos sanitários que foi encaminhado para todas as famílias”, finaliza Norberto.
Como o School Guardian ajuda neste processo?
Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, não apenas as escolas tiverem que fazer adaptações, mas também toda a cadeia que envolve a comunidade escolar, como é o caso do School Guardian. Além do app auxiliar os pais ao pegarem seus filhos nas escolas, ele se transformou junto com o momento e passou a disponibilizar mais recursos que ajudam na contenção da disseminação da doença.
“Com o nosso aplicativo é possível evitar aglomerações, já que por ele é possível fazer rodízio dos alunos. Contamos ainda com um questionário de sintomas de Covid-19, permitindo que a escola, sobre qualquer alerta, esteja à frente da situação para resolver da melhor maneira. Por fim, e não menos importante, é que com a agilidade e organização oferecidas pelo School Guardian, os pais ficam menos tempo expostos e aglomerados do lado de fora das escolas”, finaliza o CEO do School Guardiian, Leo Gmeiner.